A Economia em Portugal e no Mundo

Demasiados fatores macroeconómicos parecem estar alinhavados para que a tempestade económica que se vive em Portugal e no Mundo aumente: a inflação está a atingir níveis muito elevados e os bancos centrais de todo o mundo estão focados em subir os juros para que o aumento generalizado dos preços abrande. Neste sentido, é esperada uma recessão económica, já em 2023.

A atividade económica mundial deverá aligeirar este ano, em resultado das subidas das taxas de juros em resposta à inflação mais elevada, devendo-se maioritariamente ao aperto da política monetária internacional, este cenário de recessão económica a nível mundial.

O Fundo Monetário Internacional afirma que o crescimento económico global em 2023 será o mais fraco dos últimos 20 anos, rondando os 2,7%. Este será o perfil de crescimento mais fraco desde 2001, exceto para a crise financeira global e pela fase aguda da pandemia de Covid-19.

Também segundo o FMI, o PIB da Zona Euro irá crescer 0,5% em 2023, com França a registar um aumento do PIB de 0,7% e Espanha 1,2%. Alemanha e Itália deverão passar por uma recessão económica de 0,3% e 0,2%, respetivamente.

Nas suas últimas previsões, a Comissão Europeia indicou que a economia portuguesa deverá crescer 0,7% em 2023. Por outro lado, o Banco de Portugal acredita que o PIB português irá crescer mais: 1,5% em 2023 e para os anos seguintes irá acelerar, atingindo os 2% em 2024 e 2025.

Em 2023, o crescimento da economia será contido, esperando-se uma moderação das despesas familiares, algum adiamento dos investimentos e um abrandamento das exportações; no entanto, na 2ª metade de 2023, a atividade económica deverá acelerar, prevendo uma diminuição nas tensões dos mercados energéticos, a recuperação gradual do rendimento real das famílias, a melhoria da procura externa e a normalização das cadeias de abastecimento globais.

Ainda assim, o contexto de incerteza internacional marcado pela alta inflação, subida de juros, pela guerra da Ucrânia e pela execução do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), traz novos desafios ao país e ao cenário macroeconómico.

O Banco de Portugal estima também que a inflação em Portugal deverá começar a cair gradualmente, fixando-se em 5,8%, o que revela um decréscimo de 4,1% em relação ao passado mês de novembro. A alta inflação e a subida das taxas de juro diretoras tiveram um impacto nos bolsos dos portugueses, reduzindo o poder de compra e encarecendo, sobretudo, os créditos habitação de taxa variável. Ainda assim, o governador do Banco de Portugal acredita que os portugueses estão mais preparados para lidar com este cenário do que com anteriores crises económicas. Em 2024, deverá descer novamente para 3,3% e em 2025 voltará a cair para 2,1%, o nível em que é assegurada a estabilidade de preços.

O Banco Central Europeu vai fazer mais subidas das taxas de juro para levar a inflação à meta de 2% e espera que isso venha a acontecer no segundo semestre de 2025, mas a partir de 2023 tratar-se-á de um aumento mais contido em relação a essas mesmas taxas.

Foi também revelado que a economia portuguesa cresceu 6,8% em 2022, o que contradiz os 6,5% estimados no OE2023; tal só aconteceu há 35 anos atrás, pelo que podemos concluir que não estamos na nossa melhor fase mas longe de ser a pior na história da economia portuguesa.

PREMIUMSPOT – CONSULTORIA E MEDIAÇÃO DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS 2009